quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Promiscuidade dos políticos e dos partidos políticos – “Misturou tudo pô..!”


Por Luiz Carlos Nogueira
nogueirablog@gmail.com


Está mais do que provado que não existe mais a nitidez partidária. Quem acha que existe vocação altruística dos candidatos a cargos eletivos, visando o bem comum e progresso do país, tanto no campo dos princípios éticos como morais, está totalmente equivocado . Não há mais uma réstia de esperança das pessoas de bem, com vistas à moralização das práticas eleitoreiras, assim como na definição ideológica-partidária.

"Tá" tudo misturado, como bradou o bêbado (piada) que achava num ônibus lotado: Daqui prá cá todo mundo é bicha, e daqui prá lá todo mundo é corno!!


O motorista indignado freou o ônibus repentinamente, e todos os passageiros se despencaram um por cima dos outros.



Aí o motorista pegou o bêbado pelos fundilhos, jogou-o para fora do ônibus e lhe perguntou: E agora, quem é que é bicha ou corno?



Ao que o bêbado respondeu: Como é que eu vou saber agora? Misturou tudo pô...!!!


E é assim que estão as siglas partidárias — todas misturadas. Uma verdadeira lambança que só explica pela união dos interesses espúrios.


O que estarrece o eleitor esclarecido são as uniões de interesses nocivos à Pátria. Já escrevi que nessas próximas eleições haveria união de lobisomens com mulas-sem-cabeça. E isso está acontecendo. Não é preciso ser profeta para isso, tudo é uma questão de observação. Nada importa para a grande maioria desses políticos, quem está se colocando como candidato nos seus Partidos. Pode ser qualquer “porcaria”, desde que se proponha a fazer qualquer serviço sujo que possa trazer votos para as legendas.


Às vezes até começo a pensar que a Bíblia tem razão e estamos começando a viver uma onda de acontecimentos apocalípticos.

Mas vamos deixar o sagrado de lado e vamos às visões profanas mesmo. Por exemplo, quem já leu ou pelo menos já ouviu falar de “Os Protocolos dos Sábios de Sião”? Pois bem, esse livro que teria surgido inicialmente no idioma russo (hoje traduzido em vários idiomas), encomendado em 1897 Okhrana, ou seja, a Polícia Secreta do Czar Nicolau II, segundo o qual revelava o vazamento de um plano para que os judeus atingissem a dominação mundial.

Alguns historiadores afirmam que o propósito dos Protocolos era político, e pretendia dar sustentação e força a Nicola II, que dizia ter alguns de seus adversários como aliados numa grande conspiração para conquistar o mundo. Na verdade os Protocolos foram inventados para essa finalidade exposta.

Toda a idealização dos Protocolos teria sido transcrita em ata, por ocasião de uma assembléia realizada à portas fechadas, em Basileia, no ano de 1807, quando um grupo de sábios judeus e franco-maçons teria se reunido para estruturar um esquema de dominação mundial.

A ideia central desse plano, era usar uma nação europeia como exemplo para as demais outras que tentassem se interpor contra tal dominação, portanto, os conspiradores objetivavam assim, controlar o ouro e as pedras preciosas, criar uma moeda mundialmente aceita que ficassem sob seu controle, além de confundir os "não escolhidos" com números econômicos e de outra natureza, bem como, provocar o caos e espalhar o pânico, de tal sorte que fossem capazes de fazer com que os países criassem uma organização supranacional para interferir em países rebeldes.

Não pretendo aqui, entrar nas minúcias desses Protocolos, porque a intenção é mostrar aos leitores, alguns trechos que podem ser identificados com situações pelas quais vive-se hoje no Brasil, embora eu não acredite nessa coisa maluca que segundo se recolhe das investigações, foi criada por um novelista alemão antisemita, chamado Hermann Goesche que usou o pseudônimo de Sir John Retcliffe, para fazer crer que os judeus estariam conspirando para conquistar do mundo. Maquiavel se fosse vivo teria que se cuidar para não perder sua celebridade.

Assim passemos a transcrever alguns trechos interessantes dos Protocolos:

“É preciso ter em vista que os homens de maus instintos são mais numerosos que os de bons instintos. Por isso se obtém melhores resultados governando os homens pela violência e o terror do que com discussões acadêmicas. Cada homem aspira ao poder, cada qual, se pudesse, se tornaria ditador ; ao mesmo tempo, poucos são os que não estão prontos a sacrificar o bem geral para conseguir o próprio bem.”

“A liberdade política é uma ideia e não uma realidade. É preciso saber aplicar essa ideia, quando for necessário atrair as massas populares ao seu partido com a isca duma ideia , se esse partido formou o desígnio de esmagar o partido que se acha no poder (nota: ex: Rev. Francesa). Esse problema torna-se fácil, se o adversário recebeu esse poder da ideia de liberdade, do que se chama liberalismo, e sacrifica um pouco de sua força a essa ideia. E eis onde aparecerá o triunfo de nossa teoria: as rédeas frouxas do poder serão logo tomadas, em virtude da lei da natureza, por outras mãos porque a força cega do povo não pode ficar um dia só sem guia, e o novo poder não faz mais do que tomar o lugar do antigo enfraquecido pelo liberalismo.”

“A política nada tem de comum com a moral. O governo que se deixa guiar pela moral não é político, e portanto, seu poder é frágil. Aquele que quer reinar deve recorrer à astúcia e à hipocrisia. As grandes qualidades populares - franqueza e honestidade - são vícios na política, porque derrubam mais os reis dos tronos do que o mais poderoso inimigo. Essas qualidades devem ser os atributos dos reinos cristãos e não nos devemos deixar absolutamente guiar por elas.”

“Eis porque é preciso que destruamos a fé, que arranquemos do espírito dos cristãos o próprio princípio da Divindade e do Espírito, a fim de substituí-lo pelos cálculos e pelas necessidades materiais.”

“Então, as classes baixas dos cristãos nos seguirão em nossa luta contra a classe inteligente dos cristãos no poder, nossos concorrentes, não para fazer o bem, nem mesmo para adquirir a riqueza, mas simplesmente por ódio dos privilegiados.”

“Os cristãos são um rebanho de carneiros e nós somos os lobos! E bem sabeis o que acontece aos carneiros quando os lobos penetram no redil! Fecharão ainda os olhos sobre tudo o mais, porque nós lhes prometeremos restituir todas as liberdades confiscadas, quando se aquietarem os inimigos da paz e os partidos forem reduzidos à impotência.”

O capital, para ter liberdade de ação, deve obter o monopólio da indústria e do comércio; é o que já vai realizando a nossa mão invisível em todas as partes do mundo. Essa liberdade dará força política aos industriais e o povo lhe será submetido. Importa mais, em nossos dias, desarmar os povos do que levá-los à guerra ; importa mais servir as paixões incandescidas para nosso proveito do que acalmá-las ; importa mais apoderar-se das ideias de outrem e comentá-las do que baní-las.

O problema capital do nosso governo é enfraquecer o espírito público pela crítica ; fazer-lhe perder o hábito de pensar, porque a reflexão cria a oposição ; distrair as forças do espírito, em vãs escaramuças de eloquência.

Em todos os tempos, os povos, mesmo os mais simples indivíduos, tomaram as palavras como realidades, porque se satisfazem com a aparência das coisas e raramente se dão ao trabalho de observar se as promessas relativas à vida social foram cumpridas. Por isso, nossas instituições terão uma bela fachada, que demonstrará eloquentemente seus benefícios no que concerne ao progresso.

Nós nos apropriaremos da fisionomia de todos os partidos, de todas as tendências e ensinaremos nossos oradores a falarem tanto que toda a gente se cansará de ouví-los.

Para tomar conta da opinião pública, é preciso torná-la perplexa, exprimindo de diversos lados e tanto tempo tantas opiniões contraditórias que os cristãos acabarão perdidos no seu labirinto e convencidos de que, em política, o melhor é não ter opinião. São questões que a sociedade não deve conhecer. Só deve conhecê-las quem a dirige. Eis o primeiro segredo.

O segundo, necessário para governar com êxito, consiste em multiplicar de tal modo os defeitos do povo, os hábitos, as paixões, as regras de viver em comum que ninguém possa deslindar esse caos e que os homens acabem por não se entenderem mais aos outros. Essa tática terá ainda como efeito lançar a discórdia em todos os partidos, desunindo todas as forças coletivas que ainda não queiram submeter-se a nós; ela desanimará qualquer iniciativa, mesmo genial, e será mais poderosa do que os milhões de homens nos quais semeamos divergências. Precisamos dirigir a educação das sociedades cristãs de modo tal que suas mãos se abatam numa impotência desesperada diante de cada questão que exija iniciativa.

O esforço que se exerce sob o regime da liberdade ilimitada é impotente, porque vai de encontro aos esforços livres de outros. Daí nascem dolorosos conflitos morais, decepções e insucessos. Fatigaremos tanto os cristãos com essa liberdade que os obrigaremos a nos oferecerem um poder internacional, cuja disposição será tal que poderá, sem as quebrar, englobar as forças de todos os Estados do mundo e formar o Governo Supremo.

Em lugar dos governos atuais, poremos um espantalho que se denominará Administração do Governo Supremo. Suas mãos se estenderão para todos os lados como pinças e sua organização será tão colossal que todos os povos terão de se lhe submeterem.”

O FORO cria homens frios, cruéis, cabeçudos, sem princípios, que em todos os momentos, se colocam num terreno impessoal, puramente legal. Estão habituados a tudo empregar no interesse da defesa de seus clientes e não para o bem da sociedade. Geralmente , não recusam causa alguma, procurando obter absolvições a todo o preço, recorrendo às sutilezas da jurisprudência: assim, desmoralizam os tribunais.”

“Já tomamos as providências para desacreditar a classe dos padres cristãos, desorganizando, assim, sua missão, que, atualmente, poderia atrapalhar-nos bastante. Sua influência sobre os povos mingua dia a dia. Por toda a parte foi proclamada a liberdade de consciência. Por conseguinte, somente um número de anos nos separa ainda da completa ruina da religião cristã; acabaremos mais facilmente ainda com as outras religiões, porém ainda é muito cedo para falar disso.”

“Os imbecis que pensarem que repetem a opinião de seu partido repetirão a nossa opinião ou a que nos convier. Imaginarão que seguem o órgão de seu partido e seguirão, na realidade, a bandeira que arvorarmos por ele.”

Agora para finalizar — uma pergunta: teria gente se apropriando dessas ideias ou lições para adaptá-las e colocá-las em prática na política (de seus próprios interesses) em nosso País?

2 comentários:

  1. ADOREI... REALMENTE VC FALOU A VERDADE DOS FATOS E A REALIDADE, INFELIZMENTE ESTAMOS NAS MÃOS DO ZÉ POVINHO, ONDE OS NOSSOS VOTOS CONSCIENTES NADA VALE, POIS MEIA DÚZIA DE ZÉ POVINHO NOS COLOCA TUDO A PERDER. ABRAÇOS CICERO DE SOUZA GOMES E FAMILIA

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  2. Muito bom e apropriado o seu texto. Complementando, como diria Maquiavel:
    Fazer o mal de uma vez e o bem aos poucos ou
    Fazer o bem de uma vez e o mal aos poucos?
    Luiz, na verdade, essa corja que está no poder
    é useira e vezeira em alternar esse "fazer".
    Abraços.

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